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Milton Moreira Lopes
Traumatizante!!! Muita gente em Praia Grande. Muita gente... NÃO. O mundo veio para a Praia Grande. Sendo muito sincero, agora que moro na cidade, prefiro quando estamos distantes de feriados prolongados e alta temporada. Se o povo fosse ao menos "educado", a convivência seria bem pacífica.
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Mas existem muitos bandos à solta: o BANDO DE IDIOTAS, com seus automóveis passeando pela avenida da orla com o potente aparelho de som no último volume e ouvindo (se é que isto é possível) os grunhidos do tal "funk"; o BANDO DE BURROS, que não sabe como estacionar ou dirigir automóveis no trânsito caótico da cidade nesta época (estacionam nas esquinas, sobre as calçadas, não respeitam os pedestres, não respeitam a velocidade máxima permitida, etc. etc. etc.); há também o BANDO DE AZÊMOLAS, que são os "motoqueiros" passeando pela orla acelerando desnecessariamente suas motos pra mostrar não-sei-o-quê, ultrapassando os automóveis em locais proibidos, não respeitando pedestres, etc. etc. etc.; na sequência, temos também os BANDOS DE VÂNDALOS, que se proliferam alugando casas e apartamentos onde cabem 6, 7, 8, 10 seres humanos, e eles conseguem "enfiar" 30, 35, 40 "turistas", sem noção e sem sono, achando que os vizinhos são igualmente sem noção e sem sono! Ah...
Estamos esquecendo o BANDO DE PORCOS!!! Eles estão em todas as partes!!! Na areia principalmente... Latas, garrafas, copos, dentes, côcos, papéis, fraldas descartáveis, camisinhas, língua da sogra, sogras, etc. etc., tudo deixado no chão à revelia dos pobres habitantes desta humilde cidade. Mais algum bando?
Sim... o BANDO DE BEBUNS, exímios jogadores de tudo que tenha formato redondo! E demarcam o solo como se deles fossem para esta prática infernal. Mas alguns até são educados... Ao verem os nativos passeando na praia, "autorizam" a passagem sobre aqueles pedaços de areia recém-possuídos (talvez pelo conceito de usucapião imediato!).
Mais um bando me ocorre... o BANDO DOS DESESPERADOS: são os nóias da cidade e também os de fora dela (temos nóis turistas!) os quais ficam absolutamente malucos vendo tanta gente despreocupada com seus pertences...
Câmeras fotográficas, relógios, celulares "poderosos", anéis, brincos, e até alianças de casamento são moeda de troca fácil para o escambo praiagrandense do crack! Meio que ligados a este bando, está o BANDO DE BOBINHOS, que são os pobres policiais em seu trabalho incansável de tentar identificar quem são os nóias (kkk... É tão fácil... É só perguntar pra mim!!! Se estiverem em 3 bicicletas juntas, são eles!!!
Todos sabem, menos o tal BANDO DE BOBINHOS... kkk...) E quando estes incansáveis homens da Lei os descobrem e os prendem, em 30 minutos eles são soltos por falta de provas e por falta de vergonha neste país. São geralmente menores. Saem da delegacia antes dos policiais que os levaram.
Por fim, temos o nosso bando, ou seja, o BANDO DE TROUXAS, do qual orgulhosamente faço parte. Nós, TROUXAS, temos que aguentar tudo isto e evitamos sair às ruas. Quanto mais tempo enclausurados, menor o risco.
Mas tudo passa. O feriadão vai passar... E as coisas tentarão voltar ao quase normal. Será??? São tantos os bandos malucos, que a Fátima Fernandes, quem me inspirou para escrever este texto, confidenciou-me que comparando todos os bandos, ela que é torcedora do São Paulo, prefere sem nenhuma dúvida, o BANDO DE LOUCOS do meu Curingão, pois ao menos este bando tem um objetivo nobre que é apenas torcer pelo seu time de coração! E é só por hoje.
